Assim como Santiago, para conhecer Viña del Mar a melhor maneira é caminhar.
A parte mais moderna da cidade, é formada por uma zona mais residencial, fica ao norte do estuário e suas ruas e quadras são planejadas de acordo com a Avenida Libertad, que corta de norte a sul a região. As ruas paralelas à Avenida Libertad ao oeste, ou seja, em direção ao mar, são chamadas de Poniente 1, 2, 3 e etc. As que ficam ao leste da avenida, são chamadas de Oriente 1, 2, 3, e etc. E as que cruzam a avenida são chamadas de Norte 1, 2, 3...
Em tempos de férias as ruas estão lotadas de turista, a população da cidade chega a triplicar, em sua maioria são chilenos, porém, é fácil encontrar argentinos, paraguaios e brasileiros.
Com 300 mil habitantes, o balneário é conhecido como “La Ciudad Jardín”. Logo na entrada da cidade percebi o porquê de Cidade Jardim, trata-se do “Reloj de Flores” construído especialmente para dar boas vindas a Copa do Mundo de 1962, feito com flores artificiais, situado diante da praia de Caleta Abarca, ponto de confluência de turistas, sempre com suas megas câmeras em punho. Sem dúvida, é um dos grandes símbolos da cidade.
São mais de quatro quilômetros de praias. Este cenário litorâneo gera uma paisagem “abrasileirada”, alegre e descontraída. O povo é acolhedor e os vendedores de rua oferecem seus produtos em real. Muitos restaurantes têm a bandeira do Brasil hasteada ao lado das bandeiras do Chile e de Viña del Mar. Foi num deste que parei para almoçar. Há diversas opções de restaurantes, estão ali presentes os mais renomados chef’s dos quatro cantos do mundo.
Viña é banhada pelas águas geladas do Oceano Pacífico e este clima de balneário está presente durante o ano todo. Em média a temperatura gira em torno de 10ºC a 22ºC no verão, podendo chegar a mais de 30ºC, porém, o inverno é bem rigoroso com temperaturas que oscilam de 2ºC a 8ºC.
Caminhei por toda extensão da praia mais conhecida da cidade, Reñaca. Sua principal característica são seus edifícios em forma de degrau, dando um charme exclusivo à sua orla.
Neste dia estava muito quente, o sol muito forte, e a praia lotada. Avistei um espaço na areia, deixei minhas coisas por lá e segui em direção a água. Como já haviam me alertado, pude comprovar a veracidade, realmente as águas que banham o litoral chileno são geladíssimas, ainda mais para quem está acostumado com o mar do Atlântico, a primeira sensação é de frio intenso e vontade de voltar para a areia, mas depois de uns vinte minutos você acaba se acostumando. O ideal para seu corpo acostumar com a água gelada e não passar frio é não se manter parado, sempre se movimentar.
Outro local para se conhecer são os cassinos, para quem gosta de testar a sorte o Cassino de Viña del Mar inaugurado em 1929 é uma boa pedida, mistura diversão e segurança.
O Jardim Botânico Nacional é outro atrativo, com cerca de 3.000 mil espécies distintas de plantas.
Além disso, o astral proporcionado pelo clima ensolarado deixam as pessoas mais "descoladas" e propícias à festas o ano inteiro. Isso mesmo, a cidade é animadíssima, principalmente na alta temporada, de novembro a março.
Dentre os eventos podemos citar o Festival Internacional de Cinema (considerado um dos festivais cinematográficos mais importantes do Chile) e o Festival Internacional da Canção, um dos mais conhecidos, realizado no anfiteatro localizado na Quinta Vergara, uma das maiores áreas verdes da cidade.
Assim como em Santiago, a rede de albergue Che Lagarto possui uma filial em Viña. E como em toda cidade turística, existem os mais variados hotéis, desde o mais simples até o luxuoso Sheraton Miramar Hotel.
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