Já passava das nove horas quando cheguei de volta ao albergue (www.chelagarto.com) em Santiago. Tomei logo um banho e fui jantar, havia comprado uns congelados, e juntamente com alguns hospedes me sentei à mesa. Em seguida, deixei minhas mochilas prontas, pois na madrugada, mais precisamente às cinco da manhã iria para o tão esperado Deserto do Atacama.
Há três opções para seguir de Santiago para a cidade de San Pedro do Atacama, de carro, ônibus ou avião. De carro, no meu caso, teria que alugar, e não pode ser um carro comum, pois ele não resistiria muito tempo devido a superfície irregular e a mudança de temperatura, portanto descartei esta possibilidade. Ônibus é uma boa opção pela empresa Turbus (www.turbus.com.cl), e a viagem tem duração em média de vinte e quatro horas, com preços na faixa de setenta dólares. Agora, se busca custo-benefício é melhor seguir de avião, são apenas duas horas que separam a capital do deserto, e a diferença do preço da passagem é de apenas quarenta dólares, convertendo, em média oitenta reais. Porém, é necessário comprar esta passagem com certa antecedência, e se possível, pela internet ou pelo telefone. Outro detalhe é comprar nas empresas aéreas chilenas. Se preferir comprar pela internet é necessário entrar no site principal da empresa, ou seja, no site em espanhol e fazer a compra por lá, sendo assim, o valor da passagem é bem mais barato. Pelo telefone é necessário ligar direto na empresa no Chile, uma atendente irá atendê-lo, assim começa a praticar o espanhol antes mesmo da viagem. Tanto pela internet como pelo telefone é necessário ter um cartão de crédito internacional. Agindo deste modo, é certeza de garantir um preço bem bacana na passagem.
Combinei com o taxista de me buscar no albergue às quatro da manhã. No horário combinado ele estava lá, seguimos até o aeroporto que fica cerca de trinta minutos do centro da cidade. Fiz o check-in, e aproveitei essas duas horas para dormir um pouco. Desembarquei no aeroporto da cidade de Calama, que fica à uma hora da cidade de San Pedro do Atacama, pois em San Pedro não há aeroporto.
De Calama a San Pedro há três opções: de taxi, de ônibus ou de van. Com muita conversa e um bom bate papo, é possível conseguir um taxi por um preço bem acessível, até porque, o taxi vai mais rápido. A van, por exemplo, tem que esperar dar lotação para seguir viagem, e o ônibus não tem toda hora.
Em pouco mais de uma hora, chegamos a San Pedro, no caminho o taxista, muito simpático, ia me explicando sobre o Chile, sobre o que fazer e o que não fazer no deserto. Como lá em San Pedro os albergues não fazem reserva, confesso que estava sem rumo. Vi pela internet alguns lugares e teria que percorrer para saber se haveria vagas. Foi então que pedi ao taxista me levar em um albergue que fosse bom e barato.
Ele me levou direto na Casa Adobe, que fica na Rua Domingo Atienza. O dono do albergue se chama Marcelo, os quartos são duplos, aconchegantes, os banheiros têm água quente e são bem limpos, o que não é muito bom é apenas a cozinha, que fica a três minutos do centro. Porém, pelo preço compensa, pois a diferença é muito grande em relação aos outros.
Depois que guardei as mochilas, percorri pelas inúmeras agencias de turismo para comprar um “pacote” e conhecer tudo o que o deserto tem a oferecer.
Daqui pra frente vamos comer poeira, literalmente.